quarta-feira, 20 de julho de 2011

A TV está velha demais.

   "É que a televisão me deixou burro, muito burro demais."





  
   "Passa canal, volta canal - não há nada bom para assistir." Foi com essa pura falta do que fazer que percebi algumas coisas com relação a televisão. Percebi que alguns canais estão mais competitivos do que eram a algum tempo atrás, e alguns que quase chegavam ao monopólio hoje competem com a Rede Vida um dos postos baixos na audiência. Também reparei que alguns dos programas que eu gosto estavam me cansando, e exatamente por algo claro: está tudo repetitivo demais.
   Elaborei esse post para refletir como os canais brasileiros estão deixando a desejar e perdendo audiência simplesmente por tradições. Tudo para, sem querer, chegarmos a uma conclusão óbvia: não perca tempo assistindo TV. Analise comigo.

   Imitações e tortadas na cara.



   Lembro-me que, quando eu era pequeno, ou seja, nos anos 90, pelo menos para mim, foi novo a aparição de um tipo de imitação que agradava tanto a pequenos como os vovôs. Consistia em um "humorista" que imitava diferentes artistas de uma forma muito dinâmica. Foi essa modalidade de humor que consagrou grandes como Tom Cavalcante, Ceará (do pânico), Alexandre Porpetone, Fernando Ângelo, entre outros. Ou seja, eles colocavam uma peruca, faziam uma imitação barata que era sempre dos mesmos artistas como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Silvio Santos, Faustão, e nos faziam dar risada. Sim, FAZIAM, quando era uma coisa NOVA.
   Notei o quanto isso está manjado, quando assisti ao programa Tudo É Possível, e foi feito um concurso para ver qual era o melhor imitador nessa modalidade. Nunca vi algo tão chato como aquilo! "Não poderia ser menos vindo de um domingo." Tudo bem que isso já faz sucesso e já até foi bom, mas hoje está manjado demais, ninguém ri e são imitações ruins. Qual é a graça de ver alguém imitando o Silvio Santos, o Ronaldo, o  Caetano Veloso...

   Como de prache, caminhando pelos canais da TV, vi um programa de competição, um jogo de perguntas e respostas. Uau, amo isso. Só tinha algo meio "velho": por que precisa dar tortada na cara? D:
   Eu chegava em casa todo dia do parquinho correndo para assisti Passa ou Repassa com o Celso Portiolli. Naquela época já era velho, mas ainda era legal. Também, no Passa ou Repassa não tinha só esse jogo, haviam vários outros, toda uma pressão da torcida... E vi nesse programa que não havia nada disso. Era somente perguntas e respostas, onde não se tinha torcido, mais nenhum jogo, e no fim não ganhava nada. XI, O... TA ERRADO ISSO AI, MANOOOOOO D: É o tipo de programa onde não se tem o que apresentar, onde os apresentadores não sabem o que fazem e onde o canal era realmente perdido. To ficando bravo já.

   Chamado "Tapa Buraco" + preciso para cumprir contrato.

   

   Eu, como espectador, senti o seguinte: parece que o SBT vendeu o Ídolos pra Record (Record mesmo, néah?) e ficou com os 4 bocós dos jurados para cumprir contrato. E ai, Sr. Silvio Santos?

"Oe, é, hm, é, poem eles para fazer PROGRAMA DE JURADOS, OOOOEEEEE!!!!!"


   Foi mais ou menos isso o que eu entendi.

   Além da "bósnia" que o SBT fez, não é esse todo o pior, o problema é por ser um programa de jurados, entendeu? Tipo assim: sabe fazer algo legal ou, principalmente, algo chato? Vai pra lá!
   Como que um programa com estrutura e tema tão velho consegue estar até hoje em horário competitivo quando a Globo está passando um jornal de nível internacional?! Meu Deus do céu, será que o errado sou eu!? (To surtando já)
   Os caras trabalham com MÚSICA, e colocaram eles para julgar TUDO. No maior estilo Perdidos na Noite, Show de Calouros (isso foi apresentado pelo Silvio Santos no fim dos anos 70, o que deu origem a esse tipo de programa)...!!
   Notem que o problema não é ser velho, e sim ser chato por SER velho. Muito, muito manjado e sem conteúdo nenhum; é o tipo de programa vazio - esse e os que seguem esse estilo até hoje.

   Falando sobre Silvio Santos.

   Lembro-me também que, quando pequeno, o SBT era o maior concorrente com a Globo. Eu mesmo odiava a Globo e amava o SBT. Apesar de sempre ter a grade de apresentações não muito fixa e passar filmes meio antigos, o SBT agradava, não só a mim, mas uma grande parcela da população brasileira.
   Naquela época, eram os anos 90/00. Tudo bem ter uns estilos de programa com traços do que foram feitos pelo SBT nos anos 80 talvez. Legal, beleza. O problema é que continua assim até agora. (morri já)

   Devido a grade de atrações não ter agora fixação NENHUMA e os programas serem chatos demais e os filmes serem todos do Silvestre Stallone e do Steven Seagal, mais ninguém, pelo menos da minha idade, no mínimo COMENTA a respeito do SBT.
   Estive eu assistindo um pedaço do programa do Silvio Santos. Todo o programa é realmente baseado no que ele já fez quando aquilo foi o máximo da televisão em épocas passadas. Hoje, no mesmo horário desse programa, há o moderno e atualizado Fantástico, o Pânico, o Domingo Espetacular, entre outros. O Silvio Santos deve comandar todo o SBT, e aquela emissora está tão velha, que foi rebaixada a níveis incríveis de rendimento. Com jogos antigos e brincadeiras que geralmente se fazem em circo, o Silvio quer levar a emissora toda. Ele construiu um império que esta ajudando a tombar. Lamento.

   Até eu to improvisando.

   

   Me perdoem se eu estiver errado, mas foi o primeiro que eu vi. Os Barbixas trouxeram para o Brasil um tipo de humor que até então era desconhecido aqui: o improviso. Lembro-me que não perdia um programa do Quinta Categoria, depois descobri que eles já faziam esse estilo de humor havia tempo. Hoje, todos conhecem os jogos como Troca, Frases, Perguntas, Abecedário, entre outros. Até onde eu sei, porque, repito, foram eles os primeiros que eu vi fazer, foram eles que trouxeram e executaram tudo muito bem pela primeira vez, e por isso, foram chamados para trabalhar na televisão. Foi muito bom, e, ao mesmo tempo, foi uma desgraça. Depois da saída deles da MTV, onde eles divulgaram bem seu trabalho, todo mundo começou a improvisar. Se fosse bom, esse não era o problema, o problema é SABER FAZER.
   Hoje, há diversos grupos que fazem improviso, só que não é bom mesmo. E nem se fosse, já está enjoando mesmo.

   Conclusão.

   Se hoje a Rede Globo, a Record e a Rede TV tem o monopólio da TV brasileira, não é de admirar, devido como as outras emissoras fazem o máximo para manter-se conservadoras, enquanto a tecnologia e as ideias são outras em já outros tempos. Ainda assim, há programas nas três emissoras que tem esses traços, mas, pela falta de qualidade, são as melhores.

   Sabe o que você pode fazer ao invés de assistir TV? Leia um livro ou tente aprender a tocar um instrumento novo. É o jeito. De coração


   Fique com Deus.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quem conta um conto, aumenta um ponto / Eles.

   "Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma."

 Eu sabia que estava esquecendo algo por esses dias. Acontece que esqueci de mandar meu conto para o concurso que o Jornal Cruzeiro do Sul está fazendo. Consiste nos leitores enviarem algum conto próprio que jamais tenha sido publicado, até mesmo em páginas da Internet, onde os 20 melhores (se não me engano é esse o número) seriam escolhidos para a produção de um livro com esses. O prazo de entrega ia até dia 5 desse mês, portanto, perdi.
   Agora que não há mais porque eu esconder, o colocarei aqui. 

   Talvez tenha sido por isso mesmo que esqueci de enviar :P

   De praxe, é um romance. Espero que gostem. Obrigado.

                                                                 Eles

Eles cresceram juntos. Desde criança moravam perto, mas não foi apenas isso o que os tornou próximos demais. Ele tinha 7 anos quando a conheceu, não a admirando mais do que por ter uma nova amiga. Eram vizinhos de muro, mas logo se tornariam residentes no mesmo amor.
O tempo passou e a adolescência aflorou os sentidos de homem e mulher. Tornando-se grandes amigos, aos 12 anos ele não a mais via como uma simples amiga, afinal, Ela estava se tornando linda, de cabelos loiros e novos como a alva que vem toda manhã e de pele branca como a neve que Ele só via em pensamentos. Infelizmente, assim como a neve, ele só a admirava melhor nos sonhos incompletos, porque nunca conseguiu ser mais que seu amigo.
A Rua Constantinopla, de uma cidade onde nem os grandes mais sabem onde fica, foi palco de um dos maiores amores adolescente já visto em toda a história. Os nomes não se sabem, mas Ele e Ela foram amigos, que muito quiseram ser amantes, mas foram apenas amigos.
Ele também não passou despercebido aos olhos dela. Ele havia se tornado um rapaz bonito. Ficou alto, magro e elegante. O terno bem alinhado e a barba rala deram um charme ainda maior quando completou 18 anos. As meninas da cidade suspiravam por Ele, que galanteava com prazer, mas nunca deu amor a nenhuma das raparigas de lá. Apesar do charme empregado mesmo para o galanteio, não era para elas, e sim para Ela, que parecia gostar, mas nunca explicitar. Mesmo assim, eles andaram de mãos dadas muitas vezes, mesmo Ela dizendo que não era nada mais que amizade e que Ele era nada mais que um irmão de coração.
Eles se encontravam todos os dias, às vezes na casa dele, mas principalmente na dela. Iam para o sótão, pois era um lugar tranquilo e quieto e conversavam por horas e horas. Ela estava cada vez mais bonita, cada vez mais mulher, e Ele cada vez mais famoso entre as rodas das meninas da cidade. Numa de suas conversas, Ela disse com o desdém do ciúme: “Você está famoso. Realmente se tornou um rapaz bonito. Por que não namora alguma das nossas amigas? A Flávia, a Cláudia, a Heloisa... Todas querem fazer carinho nesse cabelo lambido.” Sem muita demora, ele derramou seu coração: “Meu amor não é de todas, somente da mulher que me faz sentir homem”. Com a cara cada vez mais fechada, Ela retornou: “Quem?” Sem pressa ele disse: “Aquela que me provoca, que sabe que eu a amo, que me chama de irmão, mas me dá a mão como se fossemos namorados.” Ele saiu logo após a fala.
Saiu por algumas horas. Voltou no dia seguinte. Encontrou-a rindo como nunca havia visto antes. Nunca a havia visto tão adornada como aquele dia. Parecia que ia para a festa de aniversário do Coronel. Surpreso, Ele perguntou: “Porque tamanha arrumação?” Ela disse com um sorriso da alva: “Porque hoje é o dia mais feliz da minha vida.” “Por quê?”, insistiu ele. “Porque me tornei mulher, porque um homem me ama”, disse ela correndo para seu quarto. Ele foi embora.
Depois desse dia as coisas mudaram. Fizeram promessas de amor, logo, de loucos, mas nunca afirmaram o compromisso que tanto desejavam. Ela nunca foi dele, e Ele nunca foi dela. Andavam sempre juntos, encantando o mundo à sua volta, com o amor que contagiava até as flores murchas, até as velhas senhoras que nem mais se lembravam dos falecidos maridos.
O amor foi crescendo cada vez mais. Os pais deles e a mãe dela gostavam daquilo que parecia ser um futuro casamento. As duas famílias viviam sempre juntas. Não seria de admirar que aquela amizade tão próxima se tornasse mesmo num casamento bem sucedido. Contudo, o pai dela, dono de uma fábrica de chapéus, estava quase falido. Afundado em papéis de dívidas, ele também se afundava nas lágrimas. A saída parecia ser única: juntar-se com outro empresário mais sucedido, na parceria que salvaria sua vida, nem que destruísse a de alguém. Foi mesmo o que aconteceu.
Numa manhã de domingo, o pai maldito e a filha foram até a casa do que alguns contam ser Bento Arfazam, um rico e bem sucedido empresário da época. Era dono de uma fábrica de sapatos que queria expandir seus negócios. Ele tinha um filho, que não se lembram o nome, mas, mesmo com o nome esquecido, lembra-se do crime cometido por pai e filho.
A oferta foi irrecusável, a junção – triste. O pai dela ofereceu-a como para noiva o filho de Bento. Irrevogavelmente, estava feito. A aliança de ouro nos negócios feita e a aliança de prata nos dedos dela eram as algemas de uma alma aflita.
Ele ficou surpreso quando recebeu a notícia. Seu chão havia sumido. Chorou por noites sem cessar. Seus olhos verdes tornaram-se cinzas, sua veste perdeu a cor, seu cabelo recebeu os ventos do desalento profundo e ficaram bagunçados como ninho dos pássaros que não mais cantavam na cidade. Ele foi reduzido a um torso, mesmo com membros literais, mas depois do que havia perdido, só lhe sobrara o peito que era tristeza total.
Os anos passaram. Ela se mudou para longe da Rua Constantinopla e da cidade que muitos não lembram. Fora morar numa mansão a quilômetros de distância dali. Fora mulher triste, porque residia no mesmo amor findado do amado exilado. Choraram mutuamente na distância que chegava a ser, algumas vezes, confortante para os olhos apaixonados de um amor que não se podia consolidar.
Cartas foram o que sobraram. Ele e Ela correspondiam-se. Ela pedia para esquecê-la, pois seria melhor para ambos. Mandava-o casar-se, vadiar, ir para a boemia. Ele não foi. Estranhamente, sua esperança reanimou. Ele achou que podia reverter a situação. Nada a prendia totalmente ao marido; nenhum compromisso a não ser o título de mulher de um homem que não amava, por estarem juntos por uma aliança egoísta que já estava feita, que estava consolidada, que havia mostrado resultado.
Ele penteou seus cabelos como antes, como há muito muitos não viam. Vestiu seu terno verde como seus olhos que não mais eram. A cartola foi à perfeição! A viagem era longa, os perigos seriam muitos, portanto, fez uma mala grande com tudo o que seria necessário e carregou seu revólver para caso de precisar. Beijou sua mãe e despediu-se. Pegou o trem na estação que costumava brincar com Ela quando criança, e partiu rumo ao endereço que vinha nas cartas enviadas pela amada impossível.
Chegou ao local alguns dias depois. A mansão era isolada. Não havia casas ao redor, nem uma cidade acolhedora. Era uma fazenda gigante, um latifúndio. Ficou abismado ao ver que ao fundo, no quintal macro, uma festa corria de felicidades mil. Ele adentrou o local com o peito estufado de homem destemido que era, pois não perderia nada, já haviam lhe tomado mesmo tudo.
Ficando hirto no espaço ocupado, fitou-a com os olhos que, de cinza, aos poucos foram retomando a cor da esperança que só ele tinha. Ela continuava linda. Na verdade, estava mais linda do que nunca: sorridente ainda como uma menina, mas já com corpo e feições de mulher completa. A saia rodada até o chão, branca com listras rosas era como se nem coubessem nos moldes humanos de beleza, devido a deusa que vestia-a. Apesar do sofrimento que havia passado anos atrás, Ela parecia estar feliz. Ria e conversava com os convidados de uma maneira como se uma dádiva houvesse lhe caído dos céus. Mas Ela parou no momento em que viu o amor que há tempos que não via.
Sem acreditar e de passos curtos, devido à paralisia momentânea dos membros do corpo diante de tamanha surpresa, ela caminhou em direção do seu antigo baluarte perfeito. “Como... Como pode...” Gaguejou Ela. “Não digas nada, mulher.” “Por que vieste até aqui?” Perguntou ela estupefata. “Para tomar de volta o que me arrancaram e levaram junto com meu coração e alma”, respondeu o exilado.
Eles correram para dentro da casa. Conversaram a respeito da loucura que Ele estava fazendo. Ele fez questão de contar toda a esperança resgatada de onde nem sabia exatamente. Contou de seus prantos, da amargura que a vida havia se tornado, das dores do peito triste, da falta de vida que a vida lhe proporcionara. Eles choraram, mas não podiam sequer se tocar, pois, a qualquer momento, alguém poderia adentrar a mansão. Ela também fez confissões como Ele nunca havia ouvido antes. “Minha viagem não foi em vão. Vou tirá-la daqui”, ludibriou-se.
Mas a notícia veio como mil facadas no peito que havia resgatado há pouco. “Tenho um filho de um ano. Não posso ir com você. Sou casada, sou mãe, sou mulher! Por mais que eu queira, o compromisso é das dores que assumi, da minha imagem e da minha moral!”
Então, definitivamente, Ele tornou-se inteiro cinza. Chorou lágrimas únicas que por dentro eram muitas. “Perdão por vir”, disse soluçando. “Posso ver o filho de seu?” “Claro” Ela respondeu.
Adentrou um quarto lindo, todo azul. Os brinquedos eram muitos: os mimos da criança culpada pela não possível volta de um amor trágico. O menino no berço era lindo. Loiro como nunca alguém vira antes. Assim como possuía a pele da mesma cor branca de sua mãe, seus cabelos também o eram - os cabelos que Ele havia afagado poucas vezes. Eram esses os mais invejados mimos do garoto que não tinha culpa alguma da culpa que tinha.
“Pegarei um copo d’água. Volto já”, disse Ela secando suas lágrimas. Ele, sem dizer nada, fechou e trancou a porta após a saída da mulher. Fitou com ódio o garoto que dormia como anjo nas nuvens. Não era mesmo mais que um anjo. Um anjo com culpa pesada; pesada, assim com as palavras proferidas ao garoto que não ouvia nada, a não serem os sonhos que se sonha um protótipo:
“Sabes tu o que me tiras agora, garoto? Tempo e esperança, pois vim de longe, nem que a distância seja de menos, mas tiras-me a mulher que nunca foi minha e que muito desejei. Tiras-me o sorriso, a beleza, o encanto de menino que tinha. Tiras-me o sorriso, a beleza e o encanto da mulher que escolhi desde menino para ser comigo o que não consigo ser por mim. Tiras-me tudo: a vida, o sorriso, a esperança, o peito, felicidade, harmonia, o eu que não é mais nada e o eu que nunca fui! És culpado pela culpa que nem sabes que tem parte, por tudo que és! Não há mais motivo para a vida. Se há um verdadeiro culpado, cortarei o mau pela raiz”, disse ele sacando a arma do cinto de couro. “Terminarei com a vida do culpado, sim, do verdadeiro, que não és tu, somente eu, por não ter consolidado o amor por que vivi; por ser quem sou.”
Ele caiu morto com seu suicídio. O culpado verdadeiro fora levado. Ele mesmo não perdeu nada, estava morto havia muito tempo.

   Essa é a história de Ele e Ela, que muitos contam com dor no coração. Mas minha dor é especial, por ter dado Ela como pretexto egoísta para os negócios que tive. E agora, não me sobra muito, senão o tudo, que como sempre, já me é nada.





   Fiquem com Deus.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Beco.

"A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial." 



 Os homens ostentam poder, estadeam glórias a eles mesmos e se intitulam deuses. Até que vem o beco. Nenhum homem é ele mesmo ao passar pelo beco. Os homens tremem de medo, de seus antigos medos, ao passar pelo beco. Com medo dos que calaram há muito, quando o poder só era exato quando havia luz. Mas se realmente fosse exato, seria existente também no escuro. No beco, só há os medos, onde os homens mostram que são nada mais que ludibriadores de si mesmos.

O BECO

Os becos são mais escuros
Quando o sério transeunte
Em passos fortes e curtos
Com medo dos tantos furtos
Passa simulando essência
Brincando com a sua sombra
Vertendo medo em alusão
Do nada que sempre foi
À busca vã do que foi
Procurando lá a razão.

Ludibriando-se por horas
Para o momento na noite
Repudiada e esperada
Em que a mente não controla
E que a alma tanto chora:
Tamanha intimidação!
E que na mente do homem
São restos daquele gole
Que eram simples perdão
Das sombras que tanto somem.

Bem riem vastos os ratos
Do homem a sua pequines.
Por fazerem suas diabruras
Com os homens maus da rua
Correndo ébrios por sua vez.
Depois, os mesmos se fartam
Descobrindo seu valor
Vendo o trépido pavor
Dos homens que tem poder
E no beco nada, só temor.




Fique com Deus.