sábado, 26 de fevereiro de 2011

Preguiça/ Lágrimas de Deus/ Amigos inanimados

   "Todo dia essa minha labuta."

   Certo dicionário descreve 'preguiça' como:

   'Inerente ao homem; metade da cadeia polipeptídica comum dos seres humanos; maior causa mortis dos moribundos vagabundos do mundo; epidemia de sonolência; coisa da vida.'

   Deveras, não sou problemático por tê-la :D

   Não é que seja preguiça mas, todas as vezes que estou na Internet, estou cansado. Infelizmente, não tenho tempo para ficar aqui, o trabalho é árduo. Só me sobram esses momentos em que poderia estar descansando, mas prefiro ficar, logo, cansado. Por estar cansado, não consigo organizar bem as ideias para escrever as coisas que quero mas, logo isso farei.

   Por enquanto, apenas postarei dois poemas meus. Tenho muitas coisas para gritar ao mundo, mas faço isso quando conseguir pensar e ... 'Até lá, vamos viver.'







Lágrimas de Deus

E os homens se afogaram nas lágrimas de Deus.
Lágrimas que caíram como gotas pesadas
Na cabeça dos homens pelos erros seus.
Homens que não ouviram a voz do profeta,
Ansiedades inerentes não projetadas,
Não permitiram o concluo de sua meta.
Eles foram levados pela água,
O choro divino do céu
Do Criador, toda sua lágrima.
Da agitação e da maldade
Se ouviu paz e  tranquilidade.
O mal acabou, nova chance...
Veja o que se disse:
Para novas esperanças
Contemplem o Arco-Íris.

Miríades se passaram,
Os homens não mudaram;
Como posso eu ter esperança
Se os novos profetas não escutaram?
Tenho visões do passado
Vejo o retorno dos dias ruins,
A ganância do homem é vista
Por você, por Deus, por mim.
Vejo o pranto que se retoma
Que cai aos poucos agora;
Pela humanidade que ama,
Deus chora lágrimas em chamas.
Como no passado,
Todos ignoram o ignorável.
Como desmentir o que é presente
Tão presente, quase palpável?
Os homens calarão seus gritos de ira,
Que de caóticos, jamais se vira.
No crepúsculo dos tempos eu esperarei,
Veja o que se disse:
Para novas esperanças,
O Arco-Íris contemplarei.



Amigos inanimados


Cada canto dessa casa parece saber
Todos meus segredos sinceros e não pude esquecer
que cada parede dessa casa pode  ouvir
Todos desleixos com o mundo e saber que menti.

Cada móvel desse quarto parece chorar
Por sentir minha tristeza e não poder ajudar.
Cada flor desse lugar parece que murchou
Quando eu disse ‘era o fim’ e isso  tudo nos acabou. 

Este recinto eu deixo com dó,
Por saber que estes foram meus amigos
Quando o mundo me deixou só.

Agradeço a todos meus amigos inanimados
Que foram os únicos e verdadeiros,
Amigos que ficaram ao meu lado.





Fique com Deus

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As duas primeiras aqui.

"Coragem, coragem! Se o que você quer é aquilo o que pensa e faz, coragem, coragem, eu sei que você pode mais."

Andar de ônibus nos faz refletir muito sobre a vida (risos). Parei para analisar, com o auxilio do livro "Brasileiro, sim senhor!" (recomendo), se o brasileiro era um povo realmente preguiçoso.
   Eram 17h e o ônibus estava lotado. A maioria das pessoas voltavam para suas casas para receber a cruel notícia de que seu salário foi aumentado em merrecas, enquanto os do deputados, vistosamente. Mesmo assim, aqueles cidadãos no ônibus continuam a lutar pelo seu suado salário mas, infelizmente, seus sonhos não continuam mais como antes, afinal, a realidade os mata pouco a pouco. Não estou falando vagamente, consigo até sentir isso um pouco, e olha que tenho apenas 16 anos! Mas o que posso eu esperar? Refletindo sobre isso, escrevi esse pequeno e ingênuo poema, que quem se vê nele, sabe que de ingênuo não tem nada. E o brasileiro?... "Preguiçoso, não senhor!"


Na aurora

O fardo começa com o dia
Na aurora o cansaço já é evidente,
Não é como um fôlego de nascimento,
Mais um dia comum dessa gente.

Os sonhos já foram esquecidos,
Os mais comuns ainda permanecem.
Clássicos da aspiração brasileira,
Cada vez mais longe do que parecem.

Eles tentam ser felizes
E tentam insistentemente.
Em meios desse conturbado dia
Mais um dia comum da nossa gente.

  



Também fiz esse esses dias e achei interessante. Já que me pedem tanto, leiam-o.





Cortina de fingimento

Como você finge não me ver,
Eu finjo te ignorar.
O tempo que passas fingindo não me querer
Estás pensando para mim voltar.

E se essa cortina cair,
Seus olhos espantados verei.
Para te ridicularizar irei mentir.
Meu amor lhe negarei.

Espantada por me ver de perto
Não sei se de felicidade,
Não sei se por medo
Viva com a realidade,
Acabe com esse fingimento.

Ou vamos fingir ser.
Já estou a me acostumar.
Como você finge não me ver,
Eu finjo te ignorar.

   Obrigado :D

Fique com Deus

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ao meu amigo quase irmão.

"Se homem não chora..."

   Um ano seria pouco para dizer se um relacionamento daria certo; se um mandato político resultaria em algo. Seria pouco para ver o Maracanã reformado, para se aprender uma nova língua. Mas um ano seria pouco para se cultivar uma amizade tão forte que, se no tempo desse um ano ela tivesse de agora estar sendo atrapalhada pela distância, poderia fazer amigos chorarem?
   Me peguei chorando pela ida de meu amigo, Lucas Telles, até os EUA, sua nova casa. Estranho porque, até alguns anos atrás, eu defendia a tese de que "homem não chora!" Isso não significa que eu nunca tivesse chorado, mas, por um amigo? Estranho. Mais estranho ainda porque, conheço o Telles a só um ano. E sim, esse já é o tempo suficiente para muito sentir a falta que esse "garotinho das calças curtas" me faz.
   Pelo menos ele foi para os EUA, isso me conforta, afinal, tenho certeza que é muito melhor do que aqui. Além de que lá ele foi mostrar seu futebol arte, contar que não moramos em casa de árvores, que não temos uma nutrição baseada em bananas, que não temos macacos de estimação... rsrs. Mas e seu amigo aqui?
   Conheço tanto os homens quanto as mulheres, e sei que os homens tem pavor de contar que choram, entre outros tabús. Mas dessa vez, fiz algo mais sábio do que apenas chorar no íntimo; deixei acontecer o que a alma pedia e a mente não permitia... chorei por meu amigo. Excesso de hormônios femininos? Hã!? O.o Apenas fui humano, sábio e não menti. Chorei e contei. E a todos os homens que fingem ser rochas... Deixem que seus amigos sintam esse carinho que vocês tem por eles porque, você sabe que sem essa amizade você morreria um pouco mais. E ainda pode ser a última vez que se vejam, e se não for, mesmo assim diga "Obrigado por tudo". Isso é difícil para um homem?... Sim... Tão difícil quanto guardar isso para si como fazemos.

   Telles, obrigado pelas risadas, segredos confessados, segredos guardados, momentos tristes, momentos felizes. Obrigado por me permitir o conhecer nem que fosse pouco, mas o bastante o suficiente para saber que és tão amigo, quase irmão. Lucas Telles... Obrigado por tudo.


Se homem não chora, não sei o que sou.

Amigo

Cinco letras, uma palavra, e dela nasce amizade;
Escrevo através da rima, com minha simplicidade.
Não com a mesma grandeza, na proporção não consigo;
O valor que representa o sentido da palavra amigo.
É aquele que compreende, nos escuta com carinho;
Nos bons e nos maus momentos, jamais nos deixa sozinho.
Procura compartilhar, no mesmo grau de igualdade;
Sua presença constante, em luz e felicidade.
A distância é dissipada, jamais vai se separar;
Vai sentir sua presença, no teu longo caminhar.
Nem o tempo apagará o que junto foi vivido;
Por um verdadeiro amigo, jamais será esquecido.
Pela foto registrado, ou grafado na visão;
O momento em sentimento, guardado no coração.
Resguardada pela lembrança, conduzida para a mente;
Como faz o agricultor, plantando a boa semente.
É algo mais importante, do que Diamante e Ouro;
Um amigo em nossa vida vale mais do que um tesouro!

(Jorge Antonio Coffy Rodrigues)

Fique com Deus.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Primeras impressões, erradas conclusões.

"Na aurora o cansaço."

   Essa semana comecei o curso técnico de Logística na ETEC Fernando Prestes. Grande desafio, afinal, se apenas o Colégio Politécnico já me fadiga, com mais um curso em uma Escola Técnica acho que virarei um zumbi (ou o Blanka pelo menos).
   A primeira impressão da escola foi estranha. Acho que é inerente ao homem não se adaptar de começo ao novo, da mesma forma que também é inerente a nós nos acostumarmos rápido com tudo.
   Assustado com o tamanho da escola e pelo prédio antigo e estando acostumado com o prédido compato do Politécnico e toda sua arrumação, não aceitei, à primeira vista, a imagem da escola. Como também não aceitei os costumes de lá que são diferentes dos do Poli, como por exemplo, ter alunos andando pelos corredores no horário de aula, por terem a opção de escolher se assistirão ou não tal aula... O negócio é que sou um chato moralista HAHAHAHAHAHAHAHA O Problema nesse caso sou eu xD Conversando com uma aluna da minha classe, descobri que assim eles se sentem bem e, diferentemente da maioria das escolas próximas, eles não assistem a algumas aulas por cansaço, devido aos outros cursos que prestam durante o dia, assim como eu, e não por mera vagabundagem, afinal, são quase adultos e já cônscios do quanto o curso é importante e seu tempo também.
   Absurdamente, fui para lá defendendo a camisa do Politécnico, preparado para qualquer a ataque à instituição da qual estudo desde o ano passado. Mesmo assim, confesso que estava com medo de ser pintado pelos veteranos xD Mas, superando minhas espectativas, agora, tendo passado uma semana e conhecendo realmente a escola, defendo o nome do Fernando Prestes tanto quanto defendo o do Colégio Politécnico. De uma democracia única, tendo junto consigo o respeito (importante devido a democracia pelas milhares de ideias que podem ser contrárias a sua) pela parte dos alunos, funcionários e direção, se forma essa ETEC quase centenária e lendária na cidade de Sorocaba. Hoje tenho o orgulho de dizer que sou estudante da ETEC Fernando Prestes.
   Sempre me incentivo a parar de julgar antes de conhecer. Acho que devo continuar isso com mais zelo. Acho que esse é um grande mal da sociedade. As diferenças tende a se tornar ainda maiores, não feitas pelas pessoas importantes ou pela própria mídia que cria moda, mas por nós mesmos que não aceitamos o novo. A hipocria reina absolutista nesse assunto. 

Não colocarei poesia agora pois estou postando isso com pressa entre um pedaço de tempo vago... mas logo postarei uma minha.
Fique com Deus.