terça-feira, 29 de março de 2011

O tempo não para.

"O tempo riscou meu rosto." 


   Tenho 16 anos. Seria normal eu ter uma crise de meia-idade?

   Vejo minhas fotos de pouco tempo atrás - questão de um ano ou dois, no máximo. Analisando meu rosto, meu corpo e minhas atitudes, mudei. Afeições, ideias, pensamentos, valores,... Todos esses tiveram uma mudança positiva. Realmente gosto de como me comporto hoje e da vida que tenho levado. Meu "eu-lírico" está perfeito, mas e o físico? Essa barba eu gosto, mas prefiro antes. Estéticamente apenas, pois ela proporciona certa moral -sim.
   Engordei, mudei o penteado, uso óculos, não ando mais como roqueiro, raramente arrepio o cabelo, não ando mais por ai mascando chicletes como se regurgitasse... E não me sinto mais bonito. Não que eu fosse, mas antes eu me sentia bem.

   Não quero que venhas me consolar, pois não foi para isso tal explanação acima. Tudo foi para dar introdução a um de meus poemas postado abaixo.

   Deveras agradeço ao tempo que passou.
   Também à menina que sempre me amou.

   Obrigado.


Velho aos dezesseis

O que me resta de consolo
É saber que já fui bonito
E seria estranho dizer isto
E hoje ver meu abandono

Pensar  que já as fiz suspirar
Suavemente como brisa
Naquele peito que já  abriga
Hoje outro amor a me imitar

Teve de me trocar
Para eu me fazer aperceber
Que continuava a ti perder
Pelo ato nobre de errar

Com tristeza me vejo
Derretido no espelho
Um fato tido de vez
Estou velho aos dezesseis

Quais meninas me gritam?
Nenhuma por calor.
E uma só por amor.

-Logo...

Obrigado tempo que passou
Por me dar a verdadeira
Menina que sempre me amou.










Fique com Deus

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