"Sei que nada me é pertencente
Além do livre pensamento
Que da alma me quer brotar,
E cada amigável momento
Que um destino bem-querente
A fundo me deixa gozar. "
(Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções".)
Espero que essa frase tenha um sentido conotativo, mas confesso que fiquei em dúvida quando li. De qualquer forma, ainda é Goethe.
Um poema de meu.
IDENTIDADE
Quem partiu, partiu sem dó.
Para trás deixou pedaços
De um Eu quase sem rastros
Feio, velho, sujo e só.
Partiu em busca da identidade
Muito secreta e pouco exata
Mui desconhecida e desejada
E muito longe da serenidade
Achou os passos do futuro
Nos erros do presente
Da imperfeição inerente
De um estado não seguro
Procurando o lugar mapeado
Encontrou terras que no papel não estavam
Descobertas que realmente lhe provaram
Que era realmente ser o esperado
Que era o que era.
Seu mundo fez-se guerra
Sua identidade desejada
Há tempos encontrada.
Não se pode ser o que não é.
Fique com Deus.
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